
Esplendor
Odeio a regra que sufoca a excepção,
Assim como os únicos sentidos,
Como aqueles que vivem em vão,
Amordaçados,
Vagueando pelo mundo perdidos.
E todos os limites do excesso,
Nas linhas que os homens inventam,
Dividindo as nações que atravesso,
Num pensamento,
Sem as fronteiras que nos apoquentam.
Nas mentes, da nossa hipocrisia,
Odeio os dirigentes da lucidez,
Que socorrem a noite do dia,
Protegendo
A fome e a miséria da sua avidez.
Posso parecer algo que já não sou,
Sendo muito menos do que quero ser,
Como podem pensar que ainda aqui estou,
Quando afinal, sem nada vos dizer,
Parti sem saber para onde vou.
In, "Punição - Náufrago na enseada do destino"
José Miguel Costa ; Roma Editora, 2007
Sem comentários:
Enviar um comentário